domingo, 31 de março de 2013
Soja: um alimento funcional
Com certeza você já leu e ouviu várias coisas sobre alimentos funcionais. Segundo aANVISA(Agência Nacional de Vigilância Sanitária), um alimento ou ingrediente é considerado funcional quando além de atuar em funções nutricionais básicas, desencadeia efeitos benéficos à saúde.
Você sabia que a soja é um desses alimentos?
A soja é um grão rico em proteínas, pertencente à família Fabaceae (leguminosas) assim como a lentilha, o feijão, o grão de bico e a ervilha. Ela é considerada uma fonte de proteína completa, isto é, contém quantidades significativas de todos os aminoácidos essenciais. Apesar da palavra "soja" vir do japonês "shoyu", ela é originária da China.
Muitas pessoas substituem o consumo de carnes (peixe, frango e bovina) pela soja. Comparativamente, a soja contém teor protéico maior que a carne e os ovos. Mas vale ressaltar, que a soja não é fonte de vitamina B12, presente nas carnes e essencial para a formação dos glóbulos vermelhos e prevenção de anemias.
O grande responsável pela boa fama da soja é a isoflavona, um fitoestrógeno de origem vegetal, presente principalmente nas leguminosas. Entre as leguminosas, é na soja que encontramos maior teor de isoflavona.
Os efeitos da isoflavona no organismo humano tem sido amplamente estudado, mas ainda existem controvérsias, principalmente, quanto ao uso da soja como substituto na terapia de reposição hormonal em mulheres na menopausa.
Alguns estudos¹ sugerem que a suplementação de isoflavona, diminui os sintomas do climatério como: as ondas de calor, insônia, entre outros. Outro estudo², já não observa as mesmas vantagens dessa suplementação.
O consumo regular de soja e seus derivados diminuem os riscos de câncer de próstata, mama e útero, e ainda ajudam a diminuir os níveis de LDL (colesterol ruim) e aumentam a concentração de HDL (colesterol bom). Atuando sobre os níveis de colesterol, a soja também é uma aliada na prevenção de doenças cardiovasculares.
Para redução dos riscos de doenças cardiovasculares, segundo a FDA (Food and Drug Administration), a recomendação de consumo é de 25g de proteína de soja por dia, o que equivale aproximadamente a 60g de grãos ou derivados de soja.
Além dos grãos, os derivados da soja também são fontes de proteína e isoflavona, entre eles: leite, proteína texturizada, farinha, farelo, queijo (tofu), pasta (missô), entre outros. Ultimamente, as indústrias alimentícias tem apostado bastante na soja e lançado no mercado outros produtos a base do alimento como: hambúrgueres, chocolates, salgadinhos, sobremesas, etc.
Sobre os derivados da soja, uma curiosidade interessante, as bebidas a base de soja naturais tem maior quantidade de isoflavona do que as bebidas com sabores de frutas, chocolate, etc.
No quadro abaixo, você verá as calorias da soja e alguns de seus derivados.
Apesar da polêmica e controvérsias sobre a soja, uma coisa é certa, ela pode e deve estar presente na sua alimentação, pois é fonte, além da proteína, de potássio, magnésio, fósforo, zinco, cálcio, cobre, vitamina C e algumas vitaminas do complexo B (niacina e riboflavina).
Referências:
1. NAHAS, Eliana Aguiar Petri et al . Efeitos da isoflavona sobre os sintomas climatéricos e o perfil lipídico na mulher em menopausa. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. , Rio de Janeiro, v. 25, n. 5,2003 .
2. SENA, Vera Maria Gomes de Moura; COSTA, Laura Olinda Bregieiro Fernandes; COSTA, Hélio de Lima Ferreira Fernandes. Efeitos da isoflavona de soja sobre os sintomas climatéricos e espessura endometrial: ensaio clínico, randomizado duplo-cego e controlado. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. , Rio de Janeiro, v. 29, n. 10,2007 .
Por:
Camila Rebouças de Castro
Nutricionista - CRN-3 14.112
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